Sirvo-me de meia em meia fatia de luar
Sacio-me de mais um gole de escuridão
E alcanço em mim esta letargia de nada
Entre cada garfada de querer
Enfrento de pé bancos de pedra
Que me sentam o pensamento
Entre uma e uma
E outra e outra
Fatia de desejo
Ato e desato os problemas
O sapato!
Levanto e espero!
Espero e sossego
O silêncio faz-me farto
Limpos os cantos da boca
A uma ponta de brisa
Entre cada meia fatia
De luar e escuridão
Congelo os talheres
Suspendo a visão
E no fim de tudo
Nem uma água com gás
Para apaziguar este mal estar...
texto | foto rui marques
Sem comentários:
Enviar um comentário