fevereiro 24, 2007

Fábula do tempo (ou quando o meu relógio parou)

Acordo naquele dia em que aquele nascer do Sol
simplesmente escureceu tudo o que me envolvia
Não sei bem o que hei-de escrever ou sequer pensar
a não ser deixar fluir essa luz que me cega

e tentar inventar um rumo para tudo isto,
uma nova forma de escrever,
mas não sei

(Sinceramente!)

se a consigo vislumbrar como tendo um objectivo certo

em apenas vinte minutos de raciocínio escorreito...

já não sei, sequer, a esta hora, com quantos tempos
se fazem vinte minutos, vinte minutos apenas
pois essa noção tão breve e ténue que é o tempo

neste momento encontra-se um pouco difusa...


Aquele nascer do Sol, há pouco, não terá durado
vinte minutos, apenas vinte minutos

mas garanto que quando o olhar novamente
saberei dizê-lo
e dissiparei as dúvidas

e os vinte minutos serão poucos

ou apenas durarão todos os tempos

compostos de vinte minutos,

vinte minutos apenas...

texto | rui marques
foto | Time by =Dream-traveler > www.deviantart.com

1 comentário:

pekkala disse...

Vinte minutos não chegam para explicar a pessoa maravilhosa q és! Vinte minutos não xegam para te conhecer, muito menos para matar saudades! Mas se passares pela vida de alguem durante 20 minutos essa pessoa poderá ficar muito feliz porque tocou num bocadinho daquilo que és!
Gosto muito de ti UBI!!! =)